CAPÍTULO V
— Então a resposta é sim?
Joe estava de costas para ela, olhando na direção do jardim.
Ele chegara quando Demi colocava Nicky na cama. Por causa do braço quebrado, o
menino tinha ficado dentro de casa o dia todo e os brinquedos estavam
espalhados pela pequena sala de visitas. Demi resolveu tomar um banho e
relaxar, mas ouviu um carro parando do lado de fora.
Ela não havia dormido na noite anterior, por isso estava
tensa e muito abatida. Joe pôde perceber as olheiras profundas e a expressão
desanimada de Demi através do vidro da janela. Quando finalmente a fitou, ela
sentiu uma vontade forte de pegar Nicky nos braços e fugir para bem longe
dali...
Mas foi pensando na felicidade do filho que decidiu aceitar
a proposta de Joe. Não podia deliberadamente privar o filho da figura paterna.
Sabia que mais tarde ele não a perdoaria se isso acontecesse. Até então ela só
tinha se preocupado com o bem-estar de Nicky e, embora não desejasse aquele
casamento, precisava reconhecer que haveria certas vantagens... Seu filho teria
a segurança material tão sonhada por ela e uma vida muito mais confortável.
Se Miley e Nick não fossem partir, Demi teria encontrado
coragem para desafiar Joe. Mas, sem a ajuda deles, seria impossível dar a Nicky
a base estável de amor e segurança que toda criança devia ter. O que mais a
atormentava era o medo de que Joe conseguisse tirar Nicky dela judicialmente.
— Só estou concordando por causa de Nicky — ela disse, com
amargura. .
— E claro! — O tom irônico de sua voz a deixou preocupada.
Durante todo o dia Demi esperou angustiada que o momento
decisivo chegasse. Agora, Joe estava à sua frente observando-a intensamente,
sem que ela conseguisse parar de tremer. No fundo, ela sabia que, uma vez dada
à palavra, jamais poderia voltar atrás.
— Quando... — ela começou a perguntar, mas as palavras não
saíram. Tentou falar novamente, mas não conseguiu. Entrou em pânico quando viu
Joe caminhando em sua direção... Já não podia enxergá-Io com nitidez, as
imagens se confundiam. Ouvia vagamente as palavras que ele pronunciava, sem,
contudo, compreendê-Ias. De repente, sentiu que estava caindo num poço escuro e
profundo.
Quando Demi voltou a si, escutou uma voz masculina e Um
tanto paternal, Forçando a vista, reconheceu o médico.
— Há anos ela vem exigindo demais de si mesma. Cuidar de um
garoto de dois anos não é fácil e pelo que vejo ela anda sobrecarregada. Mas
segundo você me informou as coisas vão melhorar para ela.
— Sim, nós vamos casar assim que for possível.
— Bem, não há razão alguma para adiar. Quanto mais depressa
toda essa excitação passar, e ela puder relaxar, melhor.
Demi se mexeu com impaciência, indignada com o fato de
ficarem falando dela como se fosse um objeto inanimado.
Joe estava de pé ao lado da cama e, percebendo o movimento,
tocou o braço do médico.
— Bem, minha jovem — disse ele com animação -, como se sente
agora?
— Fraca — admitiu. Ela estava em sua própria cama e podia
ver o sol brilhando através da janela. — Nicky? Tentou sentar.
— Nicky está bem — assegurou Joe. — Telefonei para uma
agência especializada nessas emergências. A Sra. Johnson levou Nicky para dar
um passeio.
O médico estava fechando a valise e preparava-se para sair.
— O que aconteceu? — perguntou Demi, ainda meio tonta.
— Ao que parece você passou por maus momentos e está com um
esgotamento nervoso. Seu filho sofreu um acidente, e o choque que você levou
provavelmente foi muito grande. Digamos que tenha sido a última gota... Seu
sistema nervoso explodiu fazendo com que toda a tensão acumulada viesse à
tona... Por isso, você perdeu os sentidos. Portanto, de hoje em diante, tente
manter-se calma e cuide mais de sua saúde, está bem?
Ele apanhou a valise, e Joe o acompanhou até a porta.
Várias horas da minha vida se passaram sem deixar qualquer
marca, pensou Demi. Ela podia lembrar apenas de uma horrível sensação de
inconsciência se aproximando e depois... Mais nada.
— Você está melhor? Podemos conversar?
Ela concordou com a cabeça; Talvez a perda de consciência
tivesse sido uma fuga involuntária para escapar de Joe e do casamento. Tudo
podia ser possível. Demi estava usando uma camisola curta de algodão e não se
lembrava de tê-Ia vestido.
— Você... Você trocou minha roupa?
— Não entre em pânico. Eu não tentei satisfazer meus desejos
com seu corpo indefeso, se é isto que está pensando.
Correu os olhos pelo corpo dela e um brilho surgiu neles
quando Joe notou que ela havia corado.
— Já fiz todos os preparativos para o casamento — disse
calmamente. — Na data marcada, a Sra. Johnson cuidará de Nicky. Pedi que ela
fizesse as malas com as roupas dele e com as suas. Não quero que se repita o
que aconteceu ontem à noite. Não seria nada agradável se minha noiva desmaiasse
a meus pés. — Ele passou os dedos pelo queixo. — Acho que você não tem um
barbeador, não? Eu subi para saber se Nick podia me emprestar o dele, mas
ninguém respondeu.
— Eles tiveram de voltar para a Itália. O irmão de Nick
sofreu um acidente e não está passando bem.
— Precisamos procurar uma casa, mas só quando você estiver
se sentindo melhor — comentou Joe friamente. — Você e Nicky podem ficar no meu
apartamento. Não pretendo passar mais nenhuma noite em seu sofá duro. Eu gosto
de dormir e fazer amor em ambientes mais confortáveis.
— Não haverá nenhum "ato de amor" entre nós, Joe,
e mudar para o seu apartamento estão fora de cogitação. Nicky precisa de um
jardim para brincar. Você não pode engaiolar uma criança num apartamento.
— Nenhum "ato de amor"? Você não poderia esperar
até que eu tentasse? — Joe falava suavemente. — Se o apartamento está fora de
cogitação, o que você sugere? Aqui não há quartos suficientes para nós três. —
Ele olhou com desdém para o pequeno quarto e para a cama de solteiro. — Ou você
está pensando em me mandar para o andar de cima?
Era exatamente isso que Demi havia imaginado. Seu corpo
tremia sob os lençóis ao lembrar as insinuações dele.
Joe não tentaria nada... Ou tentaria?, Demi pensava, com
nervosismo.
— Seria uma ótima solução você usar o apartamento de cima —
comentou ela, tentando parecer lógica. — Nicky ainda não está muito acostumado
com você...
— Não! Nós estamos nos casando para dar uma família para
ele, não um pai que cumpra um horário de visitas estipulado por você. Se você
não quer morar no meu apartamento, muito bem, então procuraremos uma casa.
— De acordo! Assim poderíamos adiar o casamento até
encontrar uma. — Seus lábios estavam secos, e Demi desviou o olhar de Joe
enquanto rezava para que ele concordasse o que não aconteceu.
— De forma alguma. Dentro de três dias estaremos casados,
mesmo que eu tenha de carregá-Ia para o altar. Preparei tudo com antecedência e
já providenciei os papéis necessários. Agora, descanse. Preciso ir ao
escritório. A Sra. Johnson voltará logo e recebeu ordens expressas para não
deixá-Ia sair dessa cama. Até logo!
A Sra. Johnson mostrou ser uma mulher muito maternal e
eficiente. Tinha quase quarenta anos e seguiu as instruções de Joe ao pé da
letra. Nicky teve permissão para entrar no quarto da mãe na hora do almoço e
conversou alegremente com Demi enquanto ela comia uma maionese de frango.
— Logo eu terei um pai e nós vamos morar com ele numa casa
nova — ele disse, cheio de orgulho.
Joe não perdeu tempo! Informou o filho de todas as mudanças,
Demi pensou com amargura, não podia ter deixado para ela contar as novidades?
Ou não confiava que ela o faria sem colocar Nicky contra ele? Demi sentiu-se
ressentida. Só queria o bem de seu filho e nunca faria algo que pudesse
prejudicá-Io.
Nicky estava tão acostumado a ter só a mãe que ela não
imaginava qual seria a reação dele diante da presença de uma terceira pessoa na
pequena família. Geralmente os meninos não aceitam com facilidade que a mãe
case e se dedique a outro homem. Porém, Nicky parecia satisfeito e, no caso de
Demi, não haveria problemas, pois ele não assistiria a cenas de intimidade
entre ela e Joe.
Pela primeira vez, Demi ficou curiosa em saber a opinião de
Joe sobre o casamento. Casar com ela significava não satisfazer os desejos
naturais masculinos. Será que ele achava que Nicky compensaria o sacrifício? Ou
ele continuaria vivendo livremente e buscando outras mulheres? Ela ficou
abalada com a intensidade da raiva que sentia. Que interesse poderia ter no que
Joe faria da vida dele?
Na hora do lanche, ela quis se levantar, mas a Sra. Johnson
foi inflexível e não permitiu. Ela havia dado pão com manteiga e ovos para
Nicky comer, e o menino estavam entusiasmado com o lanche quando Demi abriu a
porta da cozinha.
— O Sr. Jonas me disse que a senhora não deveria sair da
cama de modo algum — protestou ela.
— O Sr. Jonas não dá ordens por aqui — replicou Demi.
Seus cabelos estavam oleosos, e ela queria lavá-Ios. Além
disso, já estava cansada de ficar deitada pensando em Joe.
Depois de Nicky ter terminado o lanche, ela agradeceu à Sra.
Johnson pela ajuda e dispensou-a com firmeza. Nicky conversou alegremente
enquanto tomava o banho e depois eles fizeram todas as suas brincadeiras
favoritas.
É espantoso como ele aprende as coisas a cada dia que passa,
pensou Demi, orgulhosa, ouvindo-o contar-lhe como tinha sido o dia dele.
— Quando meu pai vai voltar? — ele perguntou repentinamente.
Joe não havia dito quando voltaria. Nem entrou em detalhes
quanto aos preparativos do casamento. Se ele não lhe telefonasse no dia seguinte,
ela teria que fazê-Io.
Nicky a olhava indeciso, e Demi respirou fundo, dizendo a si
mesma que precisava começar a preparar o filho para as mudanças que
aconteceriam. .
— Eu não sei exatamente quando ele virá — disse, com
cuidado. — Provavelmente logo.
— E então nós iremos morar com ele para sempre?
— Espero que sim. — Ela o tirou do banho, enxugando-o
rapidamente.
— Nós não vamos mais morar aqui? — perguntou ele
subitamente, franzindo a testa. -Nós vamos embora como Miley?
— Talvez. Agora vamos. Que brinquedo quer esta noite?— Ela
tentou desviar o assunto.
Demi colocou o filho na cama com um dos brinquedos enquanto
foi tomar banho e lavar os cabelos; enxugou-os rapidamente antes de colocar um
roupão fino e voltar ao quarto dele.
Ela havia acabado de entrar no quarto quando a porta se
abriu e Joe entrou. Tirando o paletó, jogou-o sobre a cama e afrouxou a
gravata, num gesto de intimidade que a deixou tensa.
Joe sorriu para Nicky, que o olhava indeciso. Demi
observou-o sem se surpreender pelo fato de suas mãos estarem tremendo. Havia
algo que ela deveria fazer mesmo que a magoasse, mas que precisava ser feito
pelo bem de Nicky. Inclinando-se sobre a cama, Demi disse suavemente para o
filho:
— Veja quem está aqui, Nicky! E seu pai.
Houve um momento de silêncio, e ela sentiu o olhar incrédulo
de Joe e a incerteza de Nicky. Então Joe se sentou ao lado dela na cama,
olhando para o rosto do filho, e disse, com voz rouca:
— Olá, Nicky!
Quando Demi fechou a porta do quarto e saiu, começou a
chorar. Ela não se lembrava de já ter sentido tanta dor antes, a não ser na
ocasião em que descobrira que havia sido enganada por Joe. O que ele estaria
dizendo a Nicky? Será que estava tentando conquistá-Io só para si?
Foi para seu quarto, sentando-se em frente à penteadeira e
escovando os cabelos, o que a distraiu por algum tempo.
Entretanto, não conseguiu conter-se quando Joe entrou no
quarto e encontrou-a de joelhos com a cabeça entre as mãos e o secador jogado
no chão.
Ele já estava ao lado dela antes que Demi tivesse notado sua
presença. Joe a pegou pelos braços para levantá-Ia, — Obrigado — disse ele
suavemente. — Foi muito gentil de sua parte fazer aquilo.
— O que eu disse a Nicky em relação a você? Tudo bem...
Se ele percebeu a ansiedade dela e quis saber a razão, pelo
menos não demonstrou.
— Ele já está dormindo. — Joe tocou o rosto dela com os
dedos e viu que estava molhado. — Oh, Demi — ele protestou com doçura,
trazendo-a para junto de si — casar comigo é tão terrível a ponto de você
chorar?
— Eu não estou chorando — respondeu, mas as palavras foram
sufocadas pelo peito dele. Há anos que não chorava, e ela odiou-se pela
fraqueza que a invadiu, mas não conseguiu parar. Queria dizer a ele que a
deixasse em paz, porém seu corpo estava colado ao dele enquanto Joe procurava
consolá-Ia com suavidade.
Como se as lágrimas estivessem derretendo o gelo, Demi podia
sentir seu corpo revivendo ao toque das mãos de Joe, e as sensações que ela
havia esquecido completamente foram surgindo e dominando-a inteiramente. Ele
colocou as mãos por dentro do roupão dela, acariciando a pele trêmula. As
emoções contidas havia anos procuraram satisfação imediata e Demi cedeu ao
toque dele sem pensar, com a força de vontade anulada por uma necessidade
antiga que nada poderia deter.
Ela o abraçou cegamente, sem perceber que ele a havia
erguido e levado para a cama estreita.
Demi soltou um gemido suave. Todo seu corpo estremeceu em
resposta ao beijo dele, e apaixonadamente se aproximou, até que Joe segurou-lhe
as mãos e a manteve afastada dizendo com a voz entrecortada de desejo:
— Ninguém a toca há anos, não é? Tudo estava apenas à
espera, escondido bem no fundo e precisando apenas de um toque para se soltar.
Bem, está livre agora — disse ele, puxando-a de encontro ao corpo. — Sinta o
que você está provocando em mim, Demi. Eu quero fazer amor com você, mas agora
sem enganos. Não quero ser acusado uma segunda vez.
As palavras dele esfriaram todo o desejo, fazendo com que
Demi voltasse à realidade e não aceitasse o instinto como algo natural. Ela
ficou pálida e angustiada.
— O que aconteceu, mudou de idéia? — Joe a encarava. — Por
um momento você foi mulher. Não pode se esconder para sempre. A qualquer
momento essa mulher que existe aí dentro destruirá esse seu mundinho sem
emoções.
Demi ficou horrorizada. O que tinha acontecido com ela? Como
podia ter se entregado totalmente? Empurrou-o, revoltada. O que ele estaria
pensando? Agora era impossível se casar com ele. Pálida e com raiva, ela
resolveu desafiá-Io:
— Continue, então. Prazer! É isso o que você quer, não é?
Estava pensando que seria fácil me excitar? Oh, Deus, como eu odiei você!
O rosto de Joe estava quase tão pálido quanto o dela.
— É realmente o que pensa? — ele respondeu, com fúria. — Que
eu faria isso deliberada e insensivelmente?
Demi não podia dizer por quanto tempo eles ficaram se
olhando com mútua amargura. A única coisa que ela sabia é que, quando conseguiu
desviar os olhos dele, estava tremendo incontrolavelmente.
— Você já fez isso antes.
— E desde então você não deixou que nenhum outro homem
entrasse em sua vida, não é?
Ela riu, parando apenas quando ele a sacudiu com força.
— O que é tão engraçado? — perguntou ele, rude.
— Eu deixei que um homem entrasse na minha vida. Seu filho.
E é por isso que representaremos essa farsa toda que será o nosso casamento.
— Agora é tarde para voltar atrás — avisou ele. — Nicky...
— Sim, eu sei. E pelo bem de Nicky que estou fazendo isso. Ouça
bem, que uma coisa fique bem clara entre nós, Joe. Eu não quero me rebaixar a
ponto de manter novamente uma relação sexual com você sem amor.
Ele a estudou por alguns momentos, com uma expressão que
Demi não compreendeu, e então ela voltou a corar quando Joe disse
vagarosamente:
— E se fosse com amor?
Demi rejeitou essa possibilidade. No entanto, o intenso
desejo que a dominava provou que o passado ainda estava bem vivo. Procurou
reprimir a emoção declarando, com indiferença:
— Eu não amo você! Isso basta?
O toque do telefone quebrou o silêncio constrangedor.
Joe saiu da cama, foi até a sala e deixou Demi para trás
amarrando o roupão. Ela o seguiu, cheia de ressentimento.
— Era para mim — disse ele calmamente, recolocando o fone no
gancho. — Eu deixei o número do seu telefone no jornal.
Quem seria? Taylor S? Mas por que estava se preocupando?
— Surgiu um problema, e eu preciso ir até lá — disse Joe
como se tivesse percebido as suspeitas dela. — Eu vim para lhe dizer que
encontrei uma casa. Alguns amigos meus que moram no centro de L.A vão para o
Reino Unido por um ano e podem deixar a casa para nós, o que nos dará tempo de
achar o que realmente queremos. E isso também significa que você não ficará
cansada procurando em imobiliárias. Você já pensou no vestido de noiva?
A pergunta apegou desprevenida.
— O que você quer dizer?
A impaciência dele pairava no ar. .
— O que estou tentando saber é se você quer que eu arranje
alguém para cuidar de Nicky enquanto sai para comprar um vestido de noiva.
Veja, eu não estou sugerindo um vestido branco, com uma cauda imensa e cheio de
rendas. e pérolas — disse ele enquanto ela, tomava distância — mas a maioria
das mulheres parece considerar o casamento uma boa desculpa para comprar uma
roupa nova.
— Bem, eu não sou a maioria das mulheres. Se eu fosse usar
algo apropriado à minha situação, provavelmente iria de luto!
Por um momento ela pensou que tinha ido longe demais. Ele
estava furioso, mas, quando Demi deu um passo para trás, a raiva deu lugar a um
sorriso zombeteiro que a deixou mais preocupada ainda.
— Você realmente quer tornar as coisas mais difíceis para si
mesma, não é? — disse ele, suave. — Amanhã você vai sair e comprar algo
apropriado para o casamento. Acho bom seguir meu conselho, caso contrário terei
o prazer de, pessoalmente, despi-Ia e vestir as roupas em você. Entendeu?
ahhhh perfeito !!!! Posta logo flor !!!
ResponderExcluirlindo , perfeito !!!!
BEIJINHOS BRUNA BY PORTUGAL <3
se puder divulga ta ?
voltaparamimmissao.blogspot.com
obrigada
PERFECT.... posta logooo
ResponderExcluirMARATONAAAAAAA, PFV
ResponderExcluir