CAPÍTULO III
Todos já estavam no barzinho quando Demi chegou. Doug a
recebeu com alegria e lhe ofereceu um drinque ao mesmo tempo em que lhe
mostrava o bufê para que se servisse. Pouco depois Taylor se aproximou, e Demi
percebeu que ele já havia bebido um pouco além da conta.
-Preciso falar com você — começou ele. — Vamos nos sentar?
Para não criar problemas, deixou que Taylor a conduzisse até
uma mesa próxima ao grupo. Taylor Swift estava de pé bem em frente, e o coração
de Demi disparou quando viu Joe indo em direção a ela.
— É Mary — confidenciou Taylor. — Ela quer voltar para mim.
A mãe dela me telefonou esta manhã. Demi, eu mal posso acreditar!
— O que você respondeu?
— Eu não disse nada.
— Se você quer meu conselho, não diga nada, pelo menos por
enquanto. Tenho certeza de que Mary vai admirá-Io muito mais se você não voltar
para ela imediatamente, Taylor. Mas só você pode tomar essa decisão. Agora com
licença, preciso ir embora.
— Fique mais um pouco e eu lhe darei uma carona, combinado?
— Obrigada, Taylor, mas eu realmente não posso — disse ela,
levantando-se para procurar Doug.
— Não me diga que você já vai? — Doug não disfarçou seu
aborrecimento.
— Sinto muito, mais preciso ir, acredite.
Taylor e Joe haviam se juntado ao grupo no bar, e Demi
sentiu que enrubescia quando ouviu Taylor S. comentar:
— Um namorado? Que surpreendente! Quem é ele? Acho que
podemos adivinhar, não?
Ela olhava para Tay enquanto falava, e Demi teve vontade de
dizer-lhe toda a verdade.
— Que tal um beijo de boa sorte? — Doug sugeriu num tom de
brincadeira.
Demi sabia que se recusasse o pedido iria magoá-Io.
Inclinando-se, ela o beijou no rosto enquanto os outros
aplaudiam. Como se percebesse quanto esse gesto havia sido difícil para Demi,
Doug exclamou:
— Obrigado, meu anjo. Seja paciente com Joe, pois você sabe
que ele não é como eu.
— Infelizmente. — A palavra escapou antes que ela pudesse
notar, e Doug não fez comentário algum porque Taylor acabava de chegar perto deles.
— Vou levá-Ia para casa, Demi.
Ela procurou se afastar, mas Tay a impediu. Ele já estava
bastante alterado e começava a se tornar inconveniente.
— Parece que você passou da conta na bebida, companheiro —
interrompeu Joe calmamente, procurando detê-Io.
Taylor empurrou-o e, por um momento, Demi sentiu medo ao
perceber o olhar irritado de Joe.
— Vou levar Demi para casa, está decidido — disse Tay.
— Eu a levarei. Você não tem a mínima condição de dirigir,
rapaz! Acho até melhor você nos dar as chaves do seu carro, a menos, é claro,
que esteja planejando passar o resto da noite com Demi.
Houve um silencio eletrizante quando Demi olhou para Joe com
profunda irritação.
— Não? É uma surpresa! Dê-me suas chaves, e a Taylor o
levará para casa com segurança, não é, Taylor?
Taylor ficou surpresa e sentiu-se um pouco humilhada. Com
certeza ela esperava esticar o programa com Joe e por isso encarava Demi com
evidente hostilidade.
— Não quero que ninguém me leve para casa - disse Demi,
decidida. — Sou perfeitamente capaz de ir sozinha. Bem, tenho de ir agora
senão perderei o ônibus.
— Você não vai andar sozinha pelas ruas a esta hora da
noite.— Joe a segurou pelo braço.
— Aqui não é Nova York — opôs-se Demi, tentando pôr fim
àquela discussão.
— Você sabe que ele está certo, Demi — interveio Doug. — Não
é seguro sair desacompanhada à noite aqui em Londres.
Parecia que todos conspiravam contra ela, mas a violência
nas ruas era um fato e seria tolice ignorá-Ia. Até mesmo Tay acabou concordando
com a decisão de Joe e entregou as chaves para Taylor. .
Joe não largou o braço de Demi e, enquanto eles se despediam
dos outros, ela disse:
— Realmente não há necessidade. Além disso, você nem sabe
onde moro. Eu posso tirá-Io do seu caminho.
— Eu sei o seu endereço. Olhei no registro de funcionários.
Agora, seja boazinha e fique quieta, certo?
O carro não estava estacionado muito longe dali, mas Joe
continuou a segurá-Ia. Quem os visse assim poderia pensar que eram conhecidos
íntimos...
Ela estava tão envolvida nos pensamentos que nem reparou
quando Joe parou junto a um carro cinza que parecia bastante veloz.
— Entre — disse ele, abrindo a porta para que Demi se
acomodasse.
Ela estremeceu quando Joe entrou no carro e se aproximou
para apanhar o cinto de segurança.
— O que pensou que eu fosse fazer? Ceder à violenta tentação
e fazer amor com você?
— Não seja ridículo! — exclamou ela com indiferença.
Joe não a tocou enquanto prendia o cinto, mas Demi sentia a
presença dele intensamente, o que tornou vivas em sua mente recordações havia
muito apagadas.
Joe deu a partida no carro e saiu. Olhou para Demi uma ou
duas vezes, mas, como ela se recusasse a olhá-Io, ligou o toca-fitas. .
— Ainda está aborrecida porque eu atrapalhei seu romance? —
perguntou Joe. — Você sabe que ele é casado, não? Conte-me a verdade, você o
ama?
— Não é da sua conta! .
— Claro que é. Vocês dois fazem parte da minha equipe. Casos
de amor no trabalho acabam atrapalhando o desempenho profissional!
— E você teme que meu "caso" com Tay possa afetar
meu serviço — disse ela, com doçura. — Pois bem, não se preocupe, isto não
acontecerá.
— Espero. Realmente, ele não parece o tipo de homem que
consegue manter uma mulher satisfeita, quanto mais duas. O comentário deixou-a
furiosa, e Demi esqueceu-se completamente do firme propósito de não discutir
mais com ele.
— O que eu sinto por Tay não é da sua conta e não quero
falar sobre isso, entendeu bem? Eu prefiro continuar a pé.
Ela procurou a maçaneta da porta, e Joe soltou um palavrão, freando
o carro violentamente. Ele a segurou pelos braços e a sacudiu com raiva.
— Nunca mais tente fazer isso, sua... O que você ia fazer?
Pular do carro? Caso não tenha percebido, nós estávamos a oitenta quilômetros
por hora. Você sabe o que pode acontecer a essa velocidade? Não sobraria nada
de você nem para contar a história!
— Pare com isso! — A cabeça de Demi latejava de susto e
medo. Na verdade não pretendia abrir a porta, mas o nervosismo foi tanto que
ela acabou se descontrolando, agindo automaticamente.
Joe a soltou e continuou o percurso em silêncio. Demi ouviu
um barulho e, quando o olhou confusa, ele explicou friamente:
— Acionei um sistema automático de travas de segurança para
as portas. Se você insiste em se comportar como uma criança, precisa ser
tratada como tal. Ou está pensando que se você se matar na minha frente me
deixará com remorso?
Demi teve vontade de lhe dar um tapa na cara, mas
contentou-se em dirigir-lhe um olhar de desprezo.
Joe só lhe perguntou o caminho uma vez, logo que eles saíram
da estrada principal para entrar na rua em que ela morava. Quando o carro parou
em frente a casa, Demi ficou satisfeita por já estar escuro e por Miley e Nick
não poderem ver quem a acompanhava.
Ela se voltou para abrir a porta, esquecendo que estava
trancada.
— Oh, não, você não vai sair. Não assim com essa pressa.
Nós temos muito o que conversar! Você pensa que pode
continuar me tratando desse jeito? Eu não sou Taylor, Demi.
— Eu sei — respondeu ela, fria. — Sei exatamente que tipo de
homem você é, Joe. Sádico, mentiroso, completamente insensível. Preciso
continuar? Mas não se preocupe, sua reputação estará a salvo. O grande e
inteligentíssimo repórter que conseguiu um furo de primeira página e chutou a
tola que o ajudou, deixando-a sozinha para enfrentar todas as acusações!
— Não foi bem assim — disse, segurando-a pelos braços.
— Eu... Que inferno! — Ele a afastou. — Não coloque toda a
culpa em mim, Demi. Você também teve uma participação nisso tudo, embora
prefira esquecer. Não foi só culpa minha.
— Deixe-me sair deste carro! Acho que você é a pessoa mais
desprezível que já conheci! Oh, pelo amor de Deus, não me toque! — Demi gritou,
tentando afastar-se enquanto ele a mantinha presa, desafiando-a com o olhar.
— Vamos, me bata. — Deu um sorriso desdenhoso.
Ela lutava para se livrar, mas seus movimentos agitados
apenas a aproximavam mais dele.
— Eu odeio você!
Não queria que Joe a tocasse, não poderia resistir. Desde
que ele a deixara, ninguém mais havia encostado nela, e às vezes Demi achava
que se alguém o fizesse ela não suportaria. Sentia medo de que os sentimentos
há tanto tempo abafados de repente viessem à tona e a levassem novamente àquela
explosão de desejo que dividira com Joe.
Ela se recusava a aceitar que era seu amor por Joe que a
deixava totalmente desarmada.
— Dizem que o ódio e o amor andam juntos — Joe falou num tom
de gozação.
— Amor! Só o pensamento de tê-Io ao meu lado me deixa com
náuseas.
— É o que está acontecendo agora?
No mesmo instante Demi ficou tensa. Tentou se afastar quando
ele inclinou a cabeça em sua direção, mas Joe prendeu o rosto dela entre as
mãos, beijando-a com raiva.
Demi sentiu-se desesperada diante do domínio daqueles
lábios. Quando Joe soltou sua cabeça, ela pensou que havia vencido. Cruelmente,
porém, ele colocou a mão pela abertura da blusa dela, acariciando-lhe os seios
com brutalidade. Essa aproximação não lhe trouxe recordações insuportáveis como
ela imaginava que fosse acontecer. No entanto, sabia que Joe estava apenas
tentando puni-Ia e humilhá-Ia com toda aquela violência.
O pânico fazia Demi lutar com todas as forças, mas Joe a
subjugou facilmente. Sua blusa estava aberta, e ela fechou os olhos com horror
quando pressentiu a intenção de Joe. Sentindo o peito dele contra o corpo
enquanto tentava afastá-Io, Demi soltou um gemido fraco que fez com que Joe a
soltasse.
— Não precisa desmaiar. Você não é nenhuma heroína frágil —
comentou Joe. — Meus Deus, parece ser verdade o que andaram comentando. Você
está fria como gelo!
— Você me fez ficar assim! O que estava esperando? Que eu
caísse em seus braços com gritos de êxtase? Deixe-me sair daqui! — Uma terrível
inércia tomava conta de seu corpo inteiro.
Desta vez, quando Demi procurou a maçaneta, a porta se abriu
instantaneamente.
Ela não conseguiria encarar Miley e Nick e por isso foi
primeiro para seu próprio apartamento. Olhando-se no espelho, viu os cabelos
despenteados, a boca machucada e o colo todo marcado. Tremendo de desgosto,
Demi arrancou a blusa e o sutiã, jogando-os no lixo. Não queria mais senti-los
junto à pele.
Tomou uma ducha fria, o que não a deixou menos angustiada e
aturdida. Queria apenas se deitar, mas tinha medo de pensar em tudo o que havia
acontecido. Por isso, com esforço, vestiu-se e penteou os cabelos antes de ir
buscar Nicky.
Apesar de tentar disfarçar, ela sabia que Miley havia notado
sua boca machucada, embora a amiga não tivesse feito comentário algum.
— Desculpe, cheguei um pouco tarde. Está tudo bem?
— Tudo bem! E você, como está? Não me parece muito disposta
— comentou Miley, preocupada.
— Estou com dor de cabeça, só isso. — Era verdade. Sua
cabeça latejava, e ela não parava de tremer, mesmo não estando com frio.
Nick insistiu em carregar Nicky para baixo.
Nicky tem sorte!, Pensou Demi. Se a vida dela fosse tão
simples quanto à dele!
De madrugada, Demi teve um pesadelo terrível. Nicky estava
chorando, e ela tentava ir até ele mas não conseguia se mover pois algo a
segurava. Desesperada, procurava em vão se soltar e gritava para que o filho a
esperasse: De repente, se virou e o rosto que viu era o de Joe; frio e
zombeteiro.
— Não! — gritou, abrindo os olhos. O quarto rodava e ela
sentiu uma náusea muito forte quando tentou levantar a cabeça do travesseiro.
Enxaqueca! Há tempos que não tinha uma crise, e, dessa vez,
a causa era evidente. Olhou para o relógio sabendo que não poderia ir
trabalhar, pois as crises costumavam ser violentas. Quando tentou alcançar o
telefone para ligar para o jornal, ela ouviu Miley abrir a porta do apartamento
e correr para o quarto.
— Você está doente? O que aconteceu? Alguma coisa grave?
— Uma enxaqueca pavorosa! Estava tentando ligar para o
escritório.
— Deixe que eu faço isso. Onde está o remédio?
Depois de tomar os comprimidos, Demi começou a se sentir
sonolenta e desejou que no dia seguinte estivesse totalmente recuperada.
No fim da tarde acordou sem dor de cabeça, mas ainda
sentia-se bastante zonza.
Quando bateu à porta de Miley, foi recebida alegremente por
Nicky, que queria saber se ela estava melhor. A amiga insistiu para que ela e o
filho jantassem com eles.
— Você tem trabalhado muito — disse. Miley. — Além do mais,
esse calor também não colabora.
Estava realmente muito quente, mas Demi sabia que o clima
não era o responsável por seu mal-estar.
— Falei com seu chefe. Ele ficou muito preocupado quando eu
disse que você estava doente.
— Você mencionou Nicky? .
— Não — Miley respondeu sem entender a razão da pergunta.
— É que as pessoas no escritório não sabem que tenho um
filho.
Embora Miley tivesse aceitado a explicação, Demi percebeu
que ela ficara bastante curiosa e rezou para que não surgisse, a oportunidade
de a amiga conhecer Joe.
Nicky não parava de falar quando Demi o colocou na cama, e
sentiu-se orgulhoso ao contar para a mãe como não havia sido medroso quando
Nick o jogara para o ar, numa das brincadeiras de costume.
— Por que não tenho um pai? — ele perguntou subitamente.
— Você tem a mim — respondeu Demi. — Não é o bastante,
filhinho?
— Eu queria um pai também. Você não pode brincar comigo como
um pai.
Demi conseguiu distraí-Io falando dos ursos que iriam ver no
zoológico, mas não poderia fazer isso pelo resto da vida. Pela primeira vez
ocorreu-lhe que Nicky poderia ficar magoado imaginando que ela rejeitara o pai
dele. Não conseguiu conter as lágrimas ao pensar nisso. Se Nicky fosse adulto,
poderia lhe explicar tudo, mas talvez já fosse muito tarde...
Hey Flores não da f5 aperta o play na playsite que rola *-* eu acho tentem ai vamos ver se deu certo.
Hey Flores não da f5 aperta o play na playsite que rola *-* eu acho tentem ai vamos ver se deu certo.
Adorei o cap, já pensou em fazer maratona ?
ResponderExcluirAmeiiiiii
ResponderExcluirnossa gente esse Joe é cruel mesmo...
vc poderia dar uma passadinha no meu blog;
http://minhashistoriasdejemi.blogspot.com.br
Wouuuu
ResponderExcluirapoioooo a maratonaaaaaaa
olha dona Cris saiba que vc e me atrapalha e muitooooo
eu fico te esperando postar e me esqueço da minha propria fic kkkkk
Bom eu vou acompanhar a fic até o final pq jemi tá dando um sentido diferente a historia mais sou fã de Penny Jordan rs...
Bjus fofaaaa
WOW.. sem palavras... perfeito :D
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